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Políticos franceses estão irritados com Assassin’s Creed: Unity

O inferno astral da Ubisoft parece estar longe de acabar. A polêmica da vez envolvendo Assassin’s Creed: Unity envolve políticos franceses que não estão nada satisfeitos com os fatos históricos apresentados no jogo.

A bronca principal está relacionada com a participação de François Marie Isidore de Robespierre no jogo. O líder revolucionário foi um dos pilares da Revolução Francesa, mas no jogo é retratado como um sádico sanguinário e aliado dos Templários, os grandes vilões da franquia Assassin’s Creed.

De acordo com o ex-candidato à presidência da França Jean-Luc Melenchon, membro do Parlamento Europeu, o jogo “é uma propaganda contra o povo. O povo é mostrado como um bando de bárbaros sanguinários. O homem que foi o nosso libertador em um dos momentos da Revolução é retratado como um monstro. (…) estão nos insultando e destruindo o que mantém o povo francês unido”.

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Robespierre no jogo

E a realidade imita a ficção, com o próprio Melenchon sugerindo uma conspiração por parte da Ubisoft: ” Trata-se de uma recontagem da história para glorificar aqueles que perderam (a revolução) e para desacreditar a república, única e indivisível.”

O produtor do jogo Antonine Vimal du Monteil defende Assassin’s Creed: Unity e sua empresa, a também francesa Ubisoft. Para Monteil, a série nunca teve preocupação em ser um retrato fiel da história: “é um jogo para o público de massa. Não é uma lição de história”, declarou.

Mas Jean-Luc Melenchon não está sozinho em suas reclamações. O historiador Alexis Corbière, Secretário-geral do partido de esquerda La Partie de la Gauche,  aponta que Assassin’s Creed: Unity “alega erroneamente que houve centenas de milhares de mortos  e que as ruas estiveram preenchidas com sangue”.  Para Corbière, o jogo pode estar sim dando uma visão equivocada dos fatos para a juventude.