A presidente Dilma Rousseff declarou hoje no Twitter que pretende enviar a proposta do Marco Civil da Internet para a ONU, assim que o texto for aprovado pelos parlamentares. A intenção foi revelada ontem pela presidente, e ela afirmou estar confiante da aprovação do texto “nas próximas semanas”.
No último dia 24, a presidente Dilma Rousseff participou da abertura da 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada em Nova York, onde criticou a espionagem como a promovida por agentes dos EUA, e defendeu a adoção de medidas que impeçam essas ações. Para a presidente, é necessária a criação de uma forma global de governo para a internet.
– Nossa proposta para um marco civil internacional será enviada à ONU assim que nosso marco civil for aprovado. A votação do nosso projeto deve ocorrer nas próximas semanas. Enviei ao Congresso um novo Marco Civil da Internet, iniciativa que irá ampliar a proteção da privacidade dos brasileiros – afirmou a presidente Dilma Rousseff.
A presidente Dilma reafirmou sua indignação com a espionagem de dados brasileiros, e afirmou ter denunciado o caso na ONU.
– Denunciei o caso na ONU em defesa dos direitos humanos e de nossa soberania. Exigimos explicações e mudanças de comportamento por parte dos americanos – afirmou Dilma no Twitter.
A presidente Dilma também se referiu ao livro “The Shadow Factory: The Ultra-Secret NSA from 9/11 to the Eavesdropping on America”, escrito pelo jornalista James Bamford, e que fala sobre o sistema de espionagem dos EUA. De acordo com a presidente, o livro mostra os métodos de espionagem da NSA.
– O livro mostra o que vem ocorrendo há mais tempo e o que apareceu agora: espionagem a cidadãos brasileiros (inclusive eu), companhias e ministérios. Relata a terceirização desse serviço de inteligência, com a contratação de milhares de empresas e trabalhadores – afirmou a presidente Dilma no Twitter.
Espionagem
Além das recentes denúncias sobre a espionagem feita pelo governo americano no país, através da NSA, a presidente afirmou no Twitter que o Ministério de Minas e Energia também teria sido espionado, em benefício a algumas entidades canadenses.
A presidente Dilma Rousseff afirmou que isso é inadmissível, e que vai cobrar explicações.
– É urgente que os EUA e seus aliados encerrem suas ações de espionagem de uma vez por todas. Isso é inadmissível entre países que pretendem ser parceiros. Repudiamos a guerra cibernética. A denuncia de que Ministério Minas e Energia foi alvo de espionagem confirma as razões econômicas e estratégicas por trás de tais atos. Embora o Ministério tenha bom sistema proteção de dados, determinei ao min. Lobão rigorosa avaliação e reforço da segurança desses sistemas. A reportagem aponta para interesses canadenses na área de mineração. O Itamaraty vai exigir explicações do Canadá – afirmou Dilma no Twitter.
